Brasília/DF (15/06/2018) – Os rumos da fruticultura no País e as prioridades do Plano Nacional de Desenvolvimento para a cadeia produtiva foram os temas da reunião conjunta da Comissão Nacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta sexta (15).
O aumento do consumo de frutas nos mercados interno e externo, o registro de defensivos e a desburocratização dos processos de exportação foram os itens apontados pelo comitê gestor do plano de desenvolvimento como prioridades para o setor.
“Dois desses itens estão relacionados à Secretaria de Defesa Agropecuária e por isso aproveitamos a presença do secretário Rangel na reunião para colocar esses problemas. Ele sinalizou que o ministério está atento a essas questões e desenhando um modelo de modernização da defesa agropecuária brasileira”, afirmou o presidente da Comissão e da Câmara Setorial, Luiz Roberto Barcelos.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Rangel, destacou o papel do governo na vigilância e na segurança dos produtos que saem do Brasil e frisou que o Ministério da Agricultura acredita na necessidade de modernização da lei de defensivos fitossanitários para que a produção brasileira continue crescendo.
“Nunca se fez tanto investimento em defensivos quanto nos últimos 15 anos. Porém, apesar de boa, a lei atual precisa ser revista. Avançamos muito, mas o projeto que está em tramitação tem demandas históricas que não foram atendidas pelo Governo Federal. O que não podemos é esperar seis anos para que um produto seja liberado ou 10 anos para que uma nova tecnologia chegue ao Brasil”.
Outro assunto debatido na reunião foi a minuta de uma instrução normativa que o setor quer apresentar ao Ministério da Agricultura para tornar obrigatório o monitoramento e o controle da mosca das frutas.
“O monitoramento é o termômetro que vai indicar a intensidade do problema que estamos enfrentando para que a gente possa dimensionar o remédio a ser aplicado”, explicou Jair Fernandes, diretor-presidente da Moscamed, organização social que pesquisa o assunto. Segundo ele, apenas no Vale do São Francisco, as perdas com a praga chegam a R$ 115 milhões por ano nas culturas de uva e manga.
Os membros da Comissão Nacional da CNA e da Câmara Setorial do Mapa trataram ainda do futuro da agricultura brasileira, com dados apresentados pelo Agropensa – sistema de inteligência estratégica da Embrapa. Segundo os dados, até 2030, o setor vai precisar aumentar a produção em 35% para suprir a demanda mundial por alimentos.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR